terça-feira, 8 de março de 2011

Sobre as mídias sociais


Atualmente, muito se fala que as mídias sociais são “a bola da vez”, oferecendo não só diversão, mas também oportunidades de negócios. Isso é fato, mas, para alcançar os resultados desejados é preciso ter um bom planejamento. Porém, antes de falar sobre isso, vamos entender um pouco da história das mídias sociais. 

Esse infográfico foi retirado do blog "Mídias Sociais". 
Para saber mais sobre a história das mídias, clique aqui.
Como se pode ver, fóruns, blogs, videologs e sites de compartilhamento de arquivos e de construção colaborativa ganharam força na primeira década do século XXI e hoje apresentam possibilidades de interação que no passado seriam consideradas impossíveis. Com as mídias sociais, foi possível unir pessoas e derrubar barreiras do tempo e do espaço.
A chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos em 2008 foi um case que atraiu a atenção para o potencial das redes sociais. No ano da eleição, Obama tinha perfis oficiais: no Facebook (5 milhões de amigos), no Twitter (230 mil followers) e no Mypace (mais de 1 milhão de amigos), fazendo com que as ações online representassem uma das principais ferramentas de sua campanha política. Assim, foi possível influenciar de maneira decisiva a percepção dos eleitores acerca da imagem do candidato.
Porém, não só pessoas físicas, mas também empresas podem se beneficiar do advento da tecnologia digital para melhor trabalharem sua imagem. Para isso, antes de qualquer iniciativa na rede, é preciso pensar como atuar de maneira estratégica. Inicialmente, deve-se pensar em quais mídias sociais a empresa atuará. Twitter, Orkut, Facebook, Linkedin, Ding, Youtube, blog etc. devem estar em sintonia. A definição de “transmedia storytelling” caracteriza a forma integrada como essa atuação no espaço virtual deve acontecer. É preciso “contar uma história”, estruturar uma narrativa que se estenda por diversos suportes midiáticos, de forma que a ação em cada um deles se complemente e leve em conta as características próprias de cada meio. Esse trabalho em conjunto não diz respeito apenas às mídias sociais, mas também à televisão, rádio e impressos, por exemplo. Afinal, da mesma forma que o cinema não substituiu o teatro e a televisão não substituiu o rádio, a internet também não substituiu nenhuma outra mídia e deve dialogar com elas de maneira planejada.
Dentre as várias novas possibilidades que a internet trouxe, certamente a co-criação merece destaque. Levando em conta a utilização das novas mídias no universo empresarial, é possível uma abordagem participativa na qual o consumidor possa ser envolvido em uma relação colaborativa, dialogando com as organizações. Nesse cenário, a comunicação deve ser projetada para funcionar de maneira bidirecional, em uma via de mão dupla. Com isso, a maneira de fazer negócios mudou, pois os consumidores ganharam voz. Hoje, eles detêm o poder de fazer críticas e sugestões com bastante facilidade, divulgando sua opinião para milhares de pessoas apenas com um clique. Além disso, outra mudança importante é que atualmente, é o consumidor que escolhe a mensagem que deseja ver. Assim, o conteúdo gerado pelas empresas deve ser interessante e relevante o suficiente para atrair seu público.
Levando em conta esse cenário, para alcançar uma comunicação efetiva na rede, é essencial definir algumas questões como objetivos, público alvo, posicionamento da marca, abrangência do conteúdo, linguagem a ser utilizada e serviços a serem oferecidos. Em outras palavras, é preciso ter em mente o que se pretende alcançar, com quem deseja dialogar, o que se deve informar e qual imagem deve ser refletida. Sobre imagem, entende-se: as impressões (positivas ou negativas) acerca de determinada marca.